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Projetos


Ixitkydk: um olhar sobre os vestires tradicionais das mulheres In Karajá

A exposição digital “Ixitkydky: um olhar sobre os vestires tradicionais das mulheres Iny Karajá” tem como tema principal alguns dos vestires tradicionais das mulheres Iny Karajá. A palavra ixitkydky significa “vestir” em inyrybè, língua materna Iny Karajá.

 

Este povo é composto por habitantes imemoriais das margens do Rio Araguaia, e sua população aldeada está distribuída atualmente em 27 aldeias que se estendem pelos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará; somam-se em torno de 4 mil pessoas. Sua vasta produção material inclui a produção de cestarias, adornos, plumárias, vestimentas, as conhecidas bonecas de cerâmica ritxòkò (registradas como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), técnicas de construção de casas, entre outros. 

 

As mulheres Iny Karajá são o esteio da língua materna inyrybè e detentoras da memória genealógica, da mitologia e das práticas convencionais. Destacar alguns de seus vestires tradicionais é conhecer suas dinâmicas sociais, seus costumes, sua manufatura e seu saber-fazer, colaborando para a produção das histórias plurais do vestir no Brasil.

 

A concepção da exposição se deu de forma colaborativa entre indígenas e não indígenas. A curadoria foi feita pelos olhares cuidadosos de Waxiaki Karajá e Tuinaki Koixaru Karajá, selecionando objetos musealizados do acervo do Museu Goiano Professor Zoroastro Artiaga, o primeiro museu da cidade de Goiânia, Goiás.

 

O formato digital foi escolhido para ampliar o acesso dos públicos e facilitar o acesso dos Iny Karajá, por meio de seus celulares, tão amplamente usados. O texto de apresentação pode ser lido na língua inyrybè, cuja tradução foi feita por Sinvaldo Oliveira (Wahuka).

 

Disponível em: Apresentação | Vestiresmulheresinyk (vestiresmulheresinykaraja.com)

 

Responsabilidades e atuações

Coordenação da exposição


Redes, Saberes e Ocupações: 50 anos do Museu Antropológico da UFG

A exposição “Redes, Saberes e Ocupações: 50 anos do Museu Antropológico da UFG” é uma exposição de curta duração comemorativa dos 50 anos do Museu Antropológico da UFG, aberta ao público em 2020. Ela foi concebida colaborativamente entre servidores, colaboradores e representantes de grupos indígenas, quilombolas e coletivos urbanos que dialogam e se relacionam com a instituição. 

 

Ainda, contou com a participação de 07 curadores indígenas de etnias que o museu possui relação e objetos no acervo, 02 curadores quilombolas e 02 curadores de coletivos urbanos, selecionando objetos que fariam parte da exposição, assim como escrevendo suas respectivas legendas e documentação. 

 

Composta por quatro módulos, o projeto expográfico e o projeto de mobiliários foram  pensados para interação tátil e para engajamento intelectual e emocional do público com a exposição. 

 

O módulo 01 foi construído para a educação do patrimônio e com foco na Arqueologia, experienciado por meio da construção de um sítio arqueológico pedagógico. Já o módulo 02 traz imagens selecionadas pela equipe do museu apresentando pesquisadores e projetos de pesquisas que marcaram a caminhada da instituição. O módulo 03 foi criado por curadores indígenas, quilombolas e de coletivos urbanos, pois a exposição valoriza o ponto de vista, os anseios e convicções de seus participantes sobre o que poderia ser exposto. Isto para também evitar a representação totalizante de culturas ou sociedades, com o foco em ações culturais para promover a inclusão social e o direito à cidade. Por fim, o módulo 04 traz a trajetória do Museu Antropológico da UFG, prestigiando as pessoas que fizeram parte da história da instituição.

 

O perfil do público que mais frequenta o Museu Antropológico da UFG, definido a partir de uma pesquisa de públicos da instituição, é majoritariamente infanto juvenil, que chega ao museu através de atividades organizadas por grupos escolares da educação infantil e do ensino fundamental. Pensando neste público, os conteúdos e a forma de comunicação da exposição foram idealizados para estabelecer um diálogo mais efetivo com quem o constitui, tendo como ponto de atenção a interatividade física e o engajamento intelectual e emocional. 

É possível conhecer os módulos 01 e 02 por meio de uma visita 360° disponíveis em:

 

Módulo 1, disponível em: Jardim das Descobertas | Museu (ufg.br)

Módulo 2, disponível em: Expressões Culturais | Museu (ufg.br)

 

Você pode conhecer o Museu Antropológico da UFG através do site Museu (ufg.br).

 

Responsabilidades e atuações

Coordenação da exposição 

Elaboração do projeto expográfico


Presença Karajá: acervo digital para conhecer e valorizar

O projeto “Presença Karajá: acervo digital para conhecer e valorizar” tem como foco a concepção e montagem de um plataforma digital para difusão da pesquisa desenvolvida pela equipe do projeto Presença karajá: cultura material, tramas e trânsitos coloniais desde 2017, e que tem como objeto de pesquisa interdisciplinar o mapeamento, identificação e análise de coleções de bonecas cerâmicas Karajá presentes em acervos de museus brasileiros e estrangeiros, totalizando 75 museus em 16 países. 

O recorte no âmbito da cultura material karajá privilegiou as ritxoko, bonecas de cerâmica antropomorfas, inscritas em 2012 em dois Livros de Registro do Patrimônio Imaterial: 

1) Saberes e práticas associados aos modos de fazer bonecas Karajá 

2) Ritxoko – expressão artística e cosmológica do povo karajá pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a partir da fundamentação formulada no dossiê Bonecas Karajá: arte, memória e identidade indígena no Araguaia (LIMA, et al., 2011). 

Os Iny Karajá são um povo indígena habitante das margens do rio Araguaia, cujas mulheres são detentoras do modo de fazer das bonecas de cerâmica denominadas ritxoko. Habitam 18 aldeias às margens do rio Araguaia, abrangendo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Pará, com população aproximada de quatro mil pessoas, de acordo com Instituto Socioambiental.

Para este projeto, realizado durante a pandemia da COVID-19, quando os equipamentos culturais estavam fechados e tínhamos medidas de distanciamento, se tornou ainda mais relevante o uso dos recursos digitais para compartilhamento de informações. A criação de uma plataforma digital hospedada no Tainacan (https://tainacan.org/ ), com imagens, documentos, artigos e mapa georeferenciado dos museus que abrigam ritxoko, surge como uma proposta para ampliarmos as possibilidades de acesso a estes materiais a comunidade Iny e a sociedade como um todo. 

 

Foi realizado um evento virtual em formato de live no Youtube para lançamento da plataforma digital aos públicos, com a presença de interlocutores karajá integrantes do projeto, explanando sobre a importância do acesso digital à cultura material salvaguardada nos museus ao povo Iny. Buscamos por meio da proposta propiciar o conhecimento e visibilidade aos povos indígenas Iny, da diversidade cultural e valorização dos modos de viver, modos de fazer, mestras do povo Iny Karajá.

 

Por meio da disponibilização dos artefatos musealizados em contexto digital, podemos contribuir para a valorização dos saberes, práticas e expressões do povo Iny, em cuja população resistem as ceramistas detentoras dos saberes que envolvem a produção, da coleta do barro à modelagem, queima e pintura (Whan, 2010; Farias, 2014, entre outros) e a comercialização das ritxoko.

 

Plataforma Tainacan, disponível em: Presença Karajá – Site do Projeto Presença Karajá (tainacan.org)

 

Live no Youtube, disponível em: Projeto Presença Karajá na plataforma Tainacan - YouTube

 

Projeto aprovado na Lei Aldir Blanc.

 

Responsabilidades e atuações

Coordenação e proponente do projeto 

Villa de São João da Parnahyba do Piauhy: quando meus tataravós caminhavam por estas ruas

A exposição “Villa de São João da Parnahyba do Piauhy: quando meus tataravós caminhavam por estas ruas, no Centro Cultural Sesc Caixeiral, Parnaíba-PI, teve como tema o patrimônio cultural edificado tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) do período da Villa de São João da Parnahyba do Piauhy, contextualizando os aspectos históricos e problematizando o tema a partir da análise das principais edificações que permanecem ainda hoje como testemunho.

Apresentamos aos visitantes da exposição 07 edificações do centro de Parnaíba, e perguntamos se conheciam algum desses lugares, se já foram a algum deles, e também, averiguamos se eles sabiam quais os usos de tais edificações. 

Buscamos com tais perguntas instigar a reflexão do que estas sete edificações possuem em comum, assim como pensar as permanências e impermanências e as visibilidades e invisibilidades do patrimônio histórico edificado tombado.

Propomos na exposição a observação, reflexão, discussão e extroversão do patrimônio cultural, através de diferentes suportes, como os suportes de informação da exposição, material didático impresso, mapa e material de colorir, recortar e montar; aplicativo para dispositivos móveis com vídeos aula e áudio guia extramuros. 

A exposição foi lançada em agosto, mês do aniversário da fundação do município de Parnaíba (14 de agosto de 1844), de forma lúdica, reflexiva e participativa do público infanto-juvenil.

Aplicativo para dispositivos móveis, disponível em: exposição Villa de São João da Parnahyba (app.vc)

Material didático: Catálogo da exposição Villa de São João da Parnahyba do Piauhy: quando meus tataravós caminhavam por estas ruas (yumpu.com)

Áudio-guia extramuros, disponível em: exposição Villa de São João da Parnahyba (app.vc)

Rede social Facebook da exposição, disponível em: Facebook

Responsabilidades e atuações

Coordenação da exposição 

Concepção do projeto expográfico

Elaboração do material didático 

Criação de aplicativo para dispositivos móveis

Concepção e roteiro de áudio-guia extra muros

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